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terça-feira, 24 de setembro de 2013

E se o bolsa família se chamasse Supplemental Nutrition Assistance Program?


snap

Paul Krugman e o “Bolsa-Família” americano. Livres para 

passar fome


Pouca gente sabe, mas os EUA também têm o seu “Bolsa Família”.


Lá, é o SNAP - Supplemental Nutrition Assistance Program - que ajuda 40 milhões de americanos de baixa renda a se alimentarem, no mesmo esquema de cartão magnético do nosso aqui, com a diferença que o benefício não pode ser sacado, mas utilizado eletronicamente nas lojas cadastradas, o que é fácil frente ao uso de computadores generalizados em todo o comércio do país. Ele, aliás, substitui os antigos “food stamps”, tíquetes de alimentação que existem há décadas nos EUA.

Lá, como cá, o conservadorismo ataca o SNAP, dizendo que ele “ensina a não trabalhar”, acomodando as pessoas.

Contra isso, e para analisar os benefìcios do “Bolsa Família” gringo, o economista Paul Krugman, Prêmio Nobel de 2008, escreveu o artigo abaixo, publicado no The New York Times de ontem e republicado aqui pelo site da Folha.

É triste ver que a mediocridade é universal e que, não importa a língua, a elite sempre se parece em crueldade.
Livres para passar Fome

Paul Krugman

Múltiplos estudos econômicos cuidadosamente conduzidos demonstraram que a desaceleração econômica explica a porção principal da alta no programa de assistência alimentar. E embora as notícias econômicas venham sendo em geral ruins, uma das poucas boas notícias é a de que o programa ao menos atenuou as dificuldades, impedindo que milhões de norte-americanos caíssem à pobreza.

E esse tampouco é o único benefício do programa. Há provas esmagadoras de que os cortes de gastos aprofundam a crise, em uma economia em desaceleração, mas os gastos do governo vêm caindo. O SNAP, porém, é um programa que foi expandido, e dessa forma ajudou indiretamente a salvar centenas de milhares de empregos.

Mas, dizem os suspeitos habituais, a recessão terminou em 2009. Por que a recuperação não reduziu o número de beneficiários do SNAP? A resposta é que, embora a recessão tenha de fato acabado oficialmente em 2009, o que tivemos desde então é uma recuperação de e para um pequeno número de pessoas, no topo da pirâmide de distribuição nacional de renda, e nenhum dos ganhos se estendeu aos menos afortunados. Considerada a inflação, a renda do 1% mais rico da população norte-americana subiu em 31% de 2009 a 2012, enquanto a renda real dos 40% mais pobres caiu em 6%. Por que o uso da assistência alimentar se reduziria, assim?

Mas será que o SNAP deve ser considerado uma boa ideia, em termos gerais? Ou, como diz o deputado Paul Ryan, presidente do comitê orçamentário da Câmara, ele serve como exemplo de transformação da rede se segurança social em “rede de varanda que convence pessoas capazes de trabalhar a levarem vidas de dependência e complacência”.

Uma resposta é, bem, não é lá uma rede muito confortável: no ano passado, os benefícios médios da assistência alimentar eram de US$ 4,45 ao dia. E, quanto às pessoas “capazes de trabalhar”, quase dois terços dos beneficiários do SNAP são idosos, crianças ou deficientes, e a maioria dos demais são adultos com filhos.

Mas mesmo desconsiderando tudo isso, seria de imaginar que garantir nutrição adequada para as crianças, que é grande parte do que o SNAP faz, torna menos, e não mais, provável que essas crianças sejam pobres e necessitem de assistência pública ao crescer. E é isso que as provas demonstram. As economistas Hilary Hoynes e Diane Whitmore Schanzenbach estudaram o impacto dos programas de assistência alimentar nos anos 60 e 70, quando eles foram gradualmente adotados em todo o país, e constataram que, em média, as crianças que recebiam assistência desde cedo se tornavam adultos mais produtivos e mais saudáveis do que as crianças que não a recebiam – e que também era menos provável que recorressem a ajuda do governo no futuro.

O SNAP, para resumir, é um exemplo de política pública em sua melhor forma. Não só ajuda os necessitados como os ajuda a se ajudarem. E vem fazendo ótimo trabalho durante a crise econômica, mitigando o sofrimento e protegendo empregos em um momento no qual muitas das autoridades parecem determinadas a fazer o oposto. Assim, é revelador que os conservadores tenham escolhido este programa como alvo de ira especial.

Até mesmo alguns dos sabichões conservadores consideram que a guerra contra a assistência alimentar, especialmente combinada ao voto que aumentou o subsídio agrícola, prejudicará o Partido Republicano, porque faz com que os republicanos pareçam mesquinhos e determinados a promover uma guerra de classes. E é isso exatamente que eles são.

Por: Fernando Brito, do Tijolaço


O Dr. Coxinha tinha razão. Não faltam médicos em Trindade. Só falta o CRM

coxmedic

24 de setembro de 2013 | 09:39

Vocês lembram do Dr. Rogério Perillo, aquele que se faz passar de “vítima” dos cubanos,anunciando ter sido demitido de seu emprego em Trindade, Goiás, para dar lugar a um agente de Fidel?

Pois chegaram os “cubanos” que iam tomar o lugar dele.

Chamam-se Welma Domingues, Adriano Raiter, Técio Rodrigues, Raquel Crespo e Ueslei Rodrigues.

Dos cinco “cubanos”, quatro nasceram no Brasil e uma, Raquel, é espanhola, nascida em Madrid.

Os cinco “cubanos” do Dr. Coxinha se conhecem desde os tempos em que eram estudantes na “fraca” Universidad Complutense de Madrid, uma universidade pública espanhola com “apenas” 504 anos de fundação.

Como eles são uns “despreparados”, também têm uma pós-graduação na Universidade de Coimbra.

Porque eles vieram?

A trajetória do grupo é semelhante: depois de formados na Espanha, foram trabalhar em Portugal. Eles contam que estavam empregados, com salários maiores do que os R$ 10 mil líquidos, mais a ajuda de custo mensal de R$ 2 mil, que receberão do Mais Médicos. Todos têm filhos pequenos e dizem que quiseram voltar ao Brasil para ficar perto da família. A crise econômica em Portugal e Espanha também pesou:

— A crise ajudou a pensarmos no futuro dos nossos filhos — disse o médico gaúcho Luís Adriano Raiter, de 39 anos.

Casado com uma médica nascida em Tocantins e também formada na Espanha, na cidade de Cádiz, Luís Adriano tem dois filhos, de 3 e 5 anos. A mulher dele é outra que virá para Trindade na próxima leva de profissionais do Mais Médicos.

Que coisa, Dr. Coxinha, a “invasão cubana” não acabou! Virão mais destes “comunistas de Fidel”!

Mas os “cubanos” de Trindade têm um problema.

O CRM não lhes deu o registro necessário para que possam trabalhar.

Para fazer aquilo que o Dr. Coxinha acha difícil, e eles não.

Para cuidar de pessoas que eles acham que são a razão de ser da medicina, e o Dr. Coxinha, não.

Porque os “cinco cubanos” de Trindade podem depender de um papel para exercer a medicina. Mas não dependem de papel nenhum para serem médicos de verdade.

O Dr. Coxinha tem razão no cartaz com que posou de “vítima”.

Não faltam médicos em Trindade.

Agora, não.


Por: Fernando Brito, do Tijolaço.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Níveis de alerta na Europa: 2013

por John Cleese, 21st century wire - RedeCastorPhoto
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


Os ingleses estão sentindo que os recentes eventos de guerra no mundo podem respingar neles e, portanto, elevaram o nível do alerta de perigo, de "Petulantemente Irritante” para “Petulantemente Entediante”. Mas, sendo necessário, o nível de segurança pode ser elevado para “Não Pertubem” ou, mesmo, para “Você Sabe com Quem Está Falando?” Não se ouve alerta de “Você Sabe com Quem Está Falando?” na Inglaterra desde a blitz, em 1940. Os terroristas foram reclassificados, de “Entediantes” para “Entediantes Sanguinários, Malditos Sejam”. A última vez que os britânicos lançaram alarme de “Entediantes Sanguinários, Malditos Sejam” foi em 1588, quando colidiram com a Armada espanhola.

Os escoceses elevaram o nível de ameaça local à segurança, de “Tô Puto”, para “Vampegá Esses Feládapúta.” Eles só têm esses dois níveis. Por isso, precisamente, os escoceses são postos na linha de frente do exército britânico há 300 anos.

O governo francês anunciou ontem que elevou o nível de alerta antiterrorismo, de “Corra” para “Esconda-se.” Só há mais dois níveis superiores de alerta antiterrorismo na França: “Queremos Colaborar” e “Nos Rendemos”. O nível mais alto de alerta antiterrorismo na França tornou-se necessário, por causa de recente incêndio que destruiu a fábrica francesa de bandeiras brancas, o que paralisou a capacidade militar do país.

A Itália também subiu o nível de alerta, de “Berre o Mais Alto Possível” para “Atenção à Pose de Militar para a Fotografia”. Acima desses, só restam “Operação de Combate deu Errado” e “Mudar de Lado”.

Na Alemanha, o alerta subiu de “Desdenhosa Arrogância” para “Vestir o Uniforme e Entoar Marchas Militares”. Acima desses, para níveis crescentes de ameaça iminente, há ainda “Invada País Vizinho” e “Perca a Guerra”. 

Os belgas, por sua vez, fizeram feriado, como sempre. A única ameaça que preocupa os belgas é que a OTAN mude-se de Bruxelas.

Os espanhóis estão excitadíssimos, agora que seus submarinos novos estão prontos. Os submarinos espanhóis, de design arrojado, têm fundo de vidro transparente, para que a nova Marinha espanhola possa ver, in loco, a beleza da velha Marinha espanhola.

A Austrália, daquela “uma espécie de ingleses”, por sua vez, subiu o nível de alarme antiataques de “Tudo Bem” para “Vai Ficar Tudo Bem, Cara”. Restam mais dois níveis: “Uau! Acho que Teremos de Adiar o Churrasco no Fim-de-semana” e “O Churrasco foi Cancelado”. Até hoje, jamais foi decretado esse nível extremo de ameaça.

Saudações, 
John Cleese 

Um último pensamento: A Grécia está em colapso, os persas (iranianos) estão perdendo a paciência e Roma é um caos. Bem-vindos de volta a 430 AC.


John Cleese nasceu em Weston-super-Mare, Somerset, Inglaterra em 27 de Outubro de 1939; é  comediante, ator, produtor e escritor. Membro fundador do grupo Monty Python juntamente com Eric Idle, Graham Chapman, Michael Palin, Terry Jones e outras participações como: Terry Gilliam (ex-cartunista da revista MAD), Carol Cleveland, Neil Innes e Connie Booth, ex-mulher de John Cleese.


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Pondé, a dor de barriga e o comunismo

O filósofo Pondé resolveu contorcer as entranhas!


Jornalismo Wando

Adoro as segundas-feiras. É o dia em que amanheço com a ousadia sexy de Pondé na Folha e vou dormir com a elegância serena de Gutinho no Roda.
Mas hoje dialogaremos apenas com Pondé. Um cara que, segundo a descrição do site da Folha, é "filósofo, escritor, ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como" comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência.
Enfim, trata-se da opinião definitiva pra todo e qualquer assunto.
A coluna de hoje me tocou especialmente. Por isso, gostaria de wandalizar os principais trechos com vocês:
O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo (...) Os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT"
Perfeito, querido. Esses criminosos, comandados pela nazi-socialista Dilma de Ferro, estão perseguindo a sofrida classe médica e maculando a boa imagem que a classe conquistou junto à população.

"O PT não está nem aí para quem morre de dor de barriga, só quer ganhar eleição"

Perfeito novamente. Esses insensíveis só ganham eleição enchendo a barriga dos eleitores em troca de voto. Quando chegar a dor de barriga, o povo que se vire com os guerrilheiros-curandeiros importados de Cuba.

Assim como os judeus foram o bode expiatório dos nazistas, os médicos brasileiros estão sendo oferecidos como causa do sofrimento da população. Um escândalo.
Se infringir a Lei de Godwin desse cadeia, Pondé estaria condenado à prisão perpétua só pela coluna de hoje. De qualquer forma, o filósofo tem razão: por culpa do governo comunista, restou aos doutores a injusta fama de elitistas. Motivo? Recusa de salário de R$10.000 e a recente hostilização de cubanos. Um escândalo.

Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios

Nossa, querido, também não precisa exagerar. Dor de barriga não é um câncer de pulmão em estágio avançado. Dá pra curar sem gaze e equipamentos sim.

"Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada "salva vidas". Isso é coisa de cinema barato"

Só o senso comum pra acreditar nessas idiotices né, Pondé?

Tudo isso porque nosso governo é comunista como o de Cuba

E você é nossa Yoani Sanchez, querido. Percorra o mundo e denuncie a crueldade desse regime comunista em que estamos aprisionados. Se ela faz sucesso com aquele cabelo horrendo, imagine você com essa careca charmosa e reluzente.